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Nesta curadoria, estão reunidos textos de quinze pessoas LBT (lésbicas, bissexuais, trans e travestis) e aliades. Uma escrita que não está limitada por temas, mas atravessada por alianças e lutas que transcendem o tempo e a história oficial. Escrita que se constrói em constelação, demandando ancestralidade e encontros entre vivos e mortos, memória e fabulação. Ouvir com atenção as vozes de quem busca reconhecimento e legibilidade é também um exercício cidadão em um mundo que não aceita a vulnerabilidade, mas faz de seu extremo uma arma em defesa da manutenção de ideais liberais e capitalistas, patriarcais e coloniais que não oferecem espaço para a esperança ou o sonho. É nesse contexto que resistir por meio da palavra pode ser uma maneira subversiva de rasurar o jogo da normatividade, abrindo brechas e hackeando as ilhas da binariedade e da heterossexualidade compulsória.