curadora convidada
Marina Apolinário

Penso sobre o corpo e os limites que ele pode atravessar, guiado pelo desejo. Sobre o meu corpo e o de tantas outras que, transgredindo o mito de origem, arriscaram outras alquimias.

Eu me norteio pela angústia da pergunta: o que pode um corpo negro para si? O que faz uma negra além de entregar seu corpo ao trabalho e lambuzar a fome dos homens?

Esta curadoria reúne textos de quinze mulheres negras que, por meio de suas palavras, reinventam os sentidos do corpo – corpos que agora narram suas próprias alquimias, desejos e liberdades. Negras que contam sobre maternidade, sobre amor, sobre o amor das outras, sobre a dança que o corpo faz.