tempo luta encantamento umbanda ressentimento descendência trabalho medo alegria expectativa coragem mulher-negra escrita-dos-dias sexualidade contínua amadurecimento ruptura não-maternidade línguamãe amizade leitura irmãos medicina deficiência família velhice masturbação exaustão envelhecimento livro com-a-maré pandemia vícios enlouquecimento independência inter-racialidade desejo escuta suicídio câncer relacionamento desilusão maternidade atípica amas-de-leite individualidade adolescência silêncio choro amamentação gravidez carta adoção babás feminismo saúde mental guarda-compartilhada memória afeto violência nascimento desencontro apego solidão marginália transição sonho menstruação abuso hormônios doença lesbianidade terra-grávida oração falta loucura herança avó aleitamento racismo humilhação hospital intimidade cozinha prostituição abandono aborto palavra dissidente desamparo conexão vínculo cuidado luto exílio desencanto cansaço mãe-terra migração transgeneridade dor raiva pânico sagrado desmame dinheiro angústia dupla-maternidade cotidiano sexo educação casa rigidez tradição aprendizado ausência candomblé psicanálise brincadeira conflito dissidência separação sexismo fecundação escrita culpa desespero lei amor parto ancestralidade colo acidente insegurança poesia marginal confinamento frustração desejar-é-revide depressão criança acolhimento isolamento artes visuais linguagem ciúme tarefa lgbtqia+ rotina identidade submissão descoberta resiliência coletividade diversão resistência distância mãe-solo desmistificação dignidade orgasmo diário fertilidade puerpério criação segundo filho escravidão corpo crueldade autocuidado travesti comemoração domésticas fragilidade desamor utopia segredo prazer saudade contracepção ritual gênero morte empoderamento dança futuro subjetividade pertencimento casamento fome infância
  • .: Um tronco para chamar de meu

    Um tronco para chamar de meu

    Luiza Bussius
    N.62 | 2023

    Sempre gostei das idas à fazenda. Tinha um ar de aventura e liberdade. Íamos umas 12 crianças na caçamba da caminhonete. Lembro de ansiar esses momentos. As férias. Todos os anos, viajávamos para a cidade materna de minha mãe. Onde moro atualmente, que ironia.

  • .: Elisa precisa

    Elisa precisa

    Laura Bettini
    N.61 | 2023

    As coisas não precisam de mim
    A arte
    A academia
    As letras
    A casa
    As lojas
    Os homens

  • .: Tom Sereno

    Tom Sereno

    Fernanda de Almeida
    N.59 | 2023

    me, Sereno. Que eu chamo baixinho enquanto deixo a água cair barulhenta sobre a barriga redonda e imensa. Barriga-casa. Corpo-mãe. Teus chutes inesperados enquanto meu sono chega. O estômago esmagado, tentando digerir a janta e os dias – essa contagem regressiva que tantas vezes me apavora.

  • .: Procura-se

    Procura-se

    Eline Simões
    N.59 | 2023

    Procura-se por um par de ouvidos, que seja capaz de escutar no silêncio.
    Que entenda que a escuta é mágica para organizar a alma de quem fala.
    Que saiba que não é para escapar, que é preciso encarar.

  • .: Carta em Matrioshka

    Carta em Matrioshka

    Camila Parducci
    N.58 | 2023

    Vó,
    Como você está?
    Por aqui, as coisas vão crescendo, meus planos tomando forma e me sinto mais ativa de novo. Não que antes estivesse parada, o que acontece agora é que estou tendo mais espaço para mim. Minha bebê começou a andar, está mamando menos, consegue ficar mais tempo com outras pessoas

  • .: Línguamãe

    Línguamãe

    Cacau Araújo e Gabriela do Amaral
    N.57 | 2023
  • .: A criança cristal

    A criança cristal

    Rivka Galchen
    N.56 | 2023

    Minha mãe me contou que as pessoas lhe dizem, quando ela está na rua com a bebê, que a bebê é uma criança cristal. Algumas pessoas pedem permissão para tocar a bebê, porque o contato com crianças cristais cura. “Você deveria pesquisar o que é uma criança cristal”, já me disse várias vezes minha mãe, que tem mestrado em ciências da computação e graduação em matemática. Desde o primeiro momento que viu a bebê, minha mãe achou que ela era uma criatura superior e excepcional; atribuir qualidades de criança cristal a ela faz parte dessa história em curso.

  • .: Visível e invisível

    Visível e invisível

    Lilia Moritz Schwarcz
    N.55 | 2023

    Registros sobre a existência de escravizados e escravizadas em São Paulo remontam aos primórdios da colonização. Nos séculos XVI e XVII, e na maior parte do XVIII, a presença de africanos era basicamente inexpressiva, sobretudo devido à prática da policultura voltada para a subsistência, largamente baseada na mão de obra indígena.

  • .: Ana de Amsterdam [fragmentos]

    Ana de Amsterdam [fragmentos]

    Ana Cássia Rebelo
    N.54 | 2023

    21 DE SETEMBRO DE 2007

    O ginásio é antigo, de madeiras escuras, tectos altos de estuque trabalhado. Há retratos dos primeiros presidentes da colectividade pendurados nas paredes. Senhores gordos, com bigodes retorcidos e cabelo puxado com brilhantina. Em Cuba, imagino, deve ainda haver muitos ginásios como este, com cheiro de óleo de cedro.